A adição do suporte para línguas ideográficas tem bastantes truques. Contudo, logo que tenha conseguido, irá funcionar bastante bem. Para além da instalação dos pacotes, é necessária alguma configuração extra.
A sua distribuição de Linux poderá já ter um pacote CJK pronto para si, como tal poderá poupar o trabalho de instalar manualmente tudo. Verifique tudo antes de seguir em diante!
Existe a possibilidade de usar o pacote ucs para escrever alguns excertos de texto do CJK, mas essa opção é seriamente limitada, dado que não lida, entre outras coisas, com mudanças de linha. Será instalado em alternativa o pacote completo do CJK-LATEX e será posto a funcionar tanto para o LATEX como para o PDFLATEX. Bastante material deste é inspirado pela página de Pai H. Chou sobre como configurar o PDFLATEX.
Obtenha o pacote do CJK. Copie os seus ficheiros descomprimidos para uma subpasta apropriada do $TEXMF
, tal como fez com o pacote ucs anterior (veja em “O Pacote ucs”). Os ficheiros serão descompactados numa pasta CJK/X_Y.Z
; não é importante que os retire, ainda que sejam mais difíceis de manter.
Agora, terá de obter um tipo de letra que suporte todos os caracteres do CJK que necessita. Poderá escolher qualquer ficheiro *.ttf
que os cubra mas, neste caso, será usado o Cyberbit. Descomprima o ficheiro e mude o nome de Cyberbit.ttf
para cyberbit.ttf
, dado que as maiúsculas poderão confundir o seu sistema.
Coloque o cyberbit.ttf
numa pasta em conjunto com o Unicode.sfd
e gere os ficheiros *.tfm
e *.enc
com o comando $ ttf2tfm cyberbit.ttf -w cyberbit@Unicode@. Por algumas razões, isto às vezes poderá não produzir as centenas de ficheiros que deveria produzir. Se for esse o caso, poderá obter tanto os ficheiros *.tfm
como os *.enc
.
Coloque os ficheiros *.tfm
numa pasta apropriada, como por exemplo $TEXMF/fonts/tfm/bitstream/cyberbit/
; os ficheiros *.enc
poderão estar instalados na pasta $TEXMF/pdftex/enc/cyberbit/
.
Agora, é necessário um ficheiro de mapa para ligar os ficheiros *.enc
ao tipo de letra. Obtenha o cyberbit.map
e instale-o em $TEXMF/pdftex/config/
.
Obtenha outro ficheiro, o c70cyberbit.fd
e coloque-o numa pasta apropriada. Poderá escolher, por exemplo, o $TEXMF/tex/misc/
.
O último ficheiro que terá de ser gerado é um tipo de letra PostScript Type 1, que é necessário para ler os ficheiros DVI gerados com o LATEX. Execute o comando $ ttf2pfb cyberbit.ttf -o cyberbit.pfb e copie o ficheiro resultante cyberbit.pfb
numa pasta como a $TEXMF/fonts/type1/cyberbit/
.
Coloque-se então o cyberbit.ttf
entre os tipos de letra, onde o LATEX o possa encontrar. Poderá colocá-lo numa pasta chamada $TEXMF/fonts/truetype/
.
Verifique o ficheiro de configuração que encontra em $TEXMF/web2c/texmf.cnf
e certifique-se que a linha que menciona o TTFONTS
está descomentada e aponta para a pasta onde gravou o cyberbit.ttf
.
Para possibilitar ao PDFLATEX usar os seus tipos de letra do CJK, é necessário que adicione uma linha ao ficheiro de configuração $TEXMF/pdftex/config/pdftex.cfg
. Adicione o texto map +cyberbit.map
no ficheiro para completar a configuração no PDFLATEX.
Para configurar o LATEX de modo a que possa produzir ficheiros DVI com caracteres do CJK, terá de adicionar uma linha ao ficheiro ttfonts.map
. O ficheiro poderá estar numa pasta chamada $TEXMF/ttf2pk/
, mas poderá ter de procurar por ela. Adicione a linha cyberbit@Unicode@ cyberbit.ttf
a ele.
Agora, só terá de correr o texhash para que o sistema fique pronto.
Para testar se a sua configuração ficou correcta, poderá tentar compilar este ficheiro de teste.
Existem várias coisas que poderão correr mal ao configurar o suporte para o CJK manualmente. Se algo parecer não funcionar, a seguinte lista podê-lo-á ajudar.
Obviamente, dado que executa o LATEX como um utilizador normal e não como 'root', deverá permitir aos utilizadores normais acederem aos ficheiros novos. Certifique-se que todas as pastas e ficheiros estão acessíveis com o comando chmod.
Se o LATEX escrever um DVI sem problemas, mas não o conseguir ver, é quase de certeza devido a alguns problemas na geração automática dos ficheiros de tipos de letra *.pk
. Supostamente, estes são gerados na altura ao ver um ficheiro DVI, mas isto poderá correr mal por um conjunto de razões: verifique bem o ttfonts.map
à procura da sua linha personalizada, em primeiro lugar. Contudo, poderá acontecr que o seu comando ttf2pk, que é invocado normalmente pelo visualizador de DVIs, tenha sido compilado sem o suporte para as bibliotecas do kpathsea. Se for este o caso, o $ ttf2pk --version não fará menção alguma ao kpathsea. Como o suporte para estas bibliotecas é necessário, poderá ter de encontrar um novo pacote ou recompilar você mesmo o FreeType 1.
Existe um conjunto de diferentes motores de introdução de dados, e a escolha poderá também depender das preferências pessoais. O autor usa o Skim, uma versão para o KDE do motor Scim. Veja na documentação da sua distribuição para aprender como instalar estes programas. A configuração dos mesmos poderá também ser complicada; no caso do Skim, terá de definir uma variável de ambiente XMODIFIERS="@im=SCIM"
antes de iniciar o X.
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